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O que deu errado no reboot de Gossip Girl?

O elenco principal do reboot de Gossip Girl (2021) posa em frente a uma parede de tijolos. Oito jovens, alguns de etnia diversa, exibem visuais que remetem ao estilo da Upper East Side. Há personagens masculinos e femininos com diferentes penteados e roupas, incluindo uniformes escolares estilizados. A imagem representa a nova geração da série.

Os novos rostos do Upper East Side! O elenco do reboot de Gossip Girl (HBO Max) chegou prometendo diversidade e muito estilo. Mas será que o carisma sobreviveu? #GossipGirlReboot #HBOMax #NovoElenco #UpperEastSide #Séries

Todos os ingredientes estavam ali: luxo, jovens privilegiados, conflitos fashionistas e uma Nova York brilhando ao fundo. Mas o reboot de Gossip Girl — lançado pela HBO Max em 2021 — rapidamente trocou o glamour do escândalo pelo tédio da militância mal roteirizada.

O que era pra ser um revival icônico virou exemplo de como nem tudo que relança, reluz. Quer saber por que não funcionou? Sente-se nos degraus do MET e vamos conversar.

Prometeram diversidade. Entregaram estereótipos mal explorados.

O reboot veio com a promessa de um elenco mais plural, mais inclusivo e representativo. O problema? A representatividade ficou no discurso. Os personagens não tinham camadas, só rótulos. O resultado? Uma sensação constante de superficialidade disfarçada de ativismo.

Cadê o mistério, cadê a tensão?

Ao revelar quem era a Gossip Girl no primeiro episódio, o reboot matou o que tornava a série original irresistível: o jogo psicológico da dúvida, a guerra invisível do “quem está nos observando?”. Sem isso, virou só um drama escolar com figurino da Prada.

O carisma evaporou com o champanhe.

Serena tinha brilho. Blair tinha veneno. Chuck tinha presença. Dan era o outsider que você amava odiar. No reboot, quase ninguém tem magnetismo. São bonitos, mas vazios — e nem a beleza sustenta o enredo por muito tempo.

Gossip Girl virou fofoqueira de LinkedIn.

Na série original, a GG era um espírito onisciente, afiado, implacável. No reboot? É uma professora frustrada. Sim, você leu certo. Transformar a narradora mais icônica da TV numa stalker institucionalizada foi o maior erro da nova versão. Tão edgy quanto uma reunião pedagógica.

Um roteiro sem sal em um universo que sempre pediu veneno.

O texto da série antiga era afiado, cheio de sarcasmo, frases memoráveis e reviravoltas que você contava pra suas amigas no recreio. O novo? Genérico. Seguro. Esquecível.


Mas nem tudo foi fracasso total.

O figurino continua impecável. A trilha sonora é atual. E a tentativa de atualizar Gossip Girl para a era dos influencers, cancelamentos e cultura digital não era uma má ideia. Só que… ideias boas não salvam execuções ruins. No final, o reboot foi cancelado após a segunda temporada. E o público? Já tinha abandonado antes.

A verdade? Nem toda série precisa ser revivida. Algumas deveriam continuar eternas no nosso imaginário. Ou na nossa caixa de DVDs da Saraiva, quem lembra?

You know you love me.

xoxo, gossiper

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