Nem sempre o match perfeito vem com cartão

Ela é uma matchmaker de elite em Manhattan. Mas o que acontece quando os critérios de altura mínima e salário ideal não salvam o coração?

Materialists, da A24, estreou em junho de 2025 e já se tornou o assunto favorito de quem ama romances com dilemas existenciais. Dirigido por Celine Song (Past Lives), o longa traz Dakota Johnson como Lucy, uma ex-atriz que agora lucra unindo casais ricos por critérios… bem objetivos.

Ao seu redor, dois nomes que dispensam apresentações: Pedro Pascal, como o milionário Harry, e Chris Evans, como John, o ex que volta com menos glamour e mais alma.

Lucy se vê dividida entre dois mundos:

Harry oferece conforto, luxo, promessas de estabilidade.
John reaparece do passado com olhares sinceros, um cargo bem menos glamouroso e lembranças difíceis de enterrar.

O que parecia um triângulo amoroso vira um espelho emocional: Lucy tem medo de ser vulnerável, mesmo pregando o amor como profissão.

O que torna Materialists diferente de outras rom-coms é o cinismo bem dosado. Celine Song usa o cenário dourado de Manhattan para expor a lógica fria por trás de relacionamentos modernos.

Tem crítica ao amor transacionado, sim. Mas tem também a denúncia sutil do mercado que vende sonhos românticos como produto de luxo. Inclusive, há uma subplot sobre abuso e conveniência emocional que reforça esse desconforto.

Lucy, Harry e John não seguem os moldes da comédia romântica de colunista de domingo.
Eles existem fora da fórmula, com imperfeições, zonas cinzentas e escolhas que ninguém quer fazer.

O amor aqui é caótico, dolorido e sem preço definido.

Apesar do marketing discreto, os bastidores explodiram online.
Fãs estão obcecados com a tensão entre Dakota e Pedro Pascal, e os fóruns já se dividem em #TeamHarry e #TeamJohn.

Lucy faz uma escolha. E a resposta não agrada quem queria final feliz tradicional. Materialists entrega algo melhor: uma conclusão honesta.

Não é sobre com quem você termina. É sobre o que você abre mão pra se permitir ser amado.

Materialists: O amor como negócio. E como dilema

Quando estabilidade e vulnerabilidade disputam um beijo em Nova York